Fórum de ONGs sobre Direitos Humanos em Banjul - Gambia

A Rede dos Defensores dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau (RDDH-GB), sob a liderança do seu Coordenador Nacional, Dr. Victorino Indeque, está a participar ativamente no Fórum de ONGs, que teve início hoje, dia 28 de abril, e decorrerá até ao dia 30 de abril de 2025, em Banjul, capital da Gâmbia.

Este Fórum, realizado sob o lema "Construir em conjunto uma África sem violações dos direitos humanos", constitui uma plataforma fundamental para o intercâmbio de experiências, para a análise crítica dos desafios que persistem no continente e para a construção de soluções concretas e colaborativas. A escravatura e as suas consequências históricas, a justiça transicional, o direito à reparação por danos causados e o aumento alarmante de violações dos direitos humanos nos países africanos estão no centro das discussões.

A participação da RDDH-GB não é apenas um ato de presença. É uma declaração clara de que a Guiné-Bissau faz parte do movimento africano que recusa a normalização da injustiça, que luta pela memória, pela verdade, pela justiça e pela garantia de não repetição de violações. É um posicionamento estratégico para que as lições do passado sejam efetivamente transformadas em alicerces de um futuro melhor.

O Dr. Victorino Indeque, em representação da RDDH-GB, leva ao Fórum a realidade concreta do contexto guineense — um país que enfrenta desafios estruturais em matéria de direitos humanos, mas que também apresenta exemplos de resistência, coragem cívica e compromisso com a dignidade humana. Esta presença visa fortalecer a voz dos defensores guineenses no panorama africano e criar pontes de cooperação que possam traduzir-se em apoio prático, formação e proteção para aqueles que, dia após dia, arriscam a sua liberdade e até a vida para defender os direitos de todos.

O Fórum de Banjul é mais do que um encontro: é um espaço de articulação, de denúncia e de proposição. A RDDH-GB acredita que só com a união dos povos africanos e a consolidação de redes de solidariedade entre defensores e defensoras será possível transformar o atual cenário de violações em novas realidades de paz, de justiça e de desenvolvimento humano.

Estamos determinados a construir, com todos os povos irmãos, uma África em que os direitos humanos não sejam privilégio, mas direito garantido e protegido. A luta é difícil, mas a esperança é mais forte.

Rede dos Defensores dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau – Departamento de Comunicação e Visibilidade